As DTM são doenças de caráter crônico, ocorrendo na maioria dos casos em pacientes do gênero feminino com idade entre os 20-40 anos. Atualmente a etiologia mais aceita é a multifatorial, entre os fatores mais frequentemente observados estão os relacionados com hábitos parafuncionais, os psicossociais, os genéticos, os relacionados com qualidade do sono, traumas, doenças ósseo-degenerativas, entre outros. Sinais e sintomas comuns relatados pelos pacientes incluem: dificuldade, dor ou limitação para abrir e fechar a boca, ruídos nas ATM, travamento da mandíbula, dores na face, têmporas e próximo aos ouvidos, cansaço nos músculos da face, dor de cabeça, zumbido, dor no pescoço, entre outros. Existem fatores que podem desencadear, perpetuar e contribuir para que a dor e disfunção se apresente, entre eles os principais estão os traumas na face, estresse emocional, sono ruim, apertamento constante dos dentes quando acordado (bruxismo em vigília) ou dormindo (bruxismo do sono), além de hábitos como mascar chicletes, roer unhas, etc. Antigamente, acreditava-se que tudo era causado pela posição dos dentes, hoje as evidências científicas nos indicam outros caminhos para o tratamento desta condição.
O tratamento das DTM é individualizado e deve ser realizado por profissionais experientes e capacitados. O Cirurgião Dentista, especialista em DTM-DOF, é o responsável pelo diagnóstico e por conduzir o paciente em conjunto com uma equipe multidisciplinar especializada, cuja sintonia irá influenciar diretamente as chances de sucesso do tratamento. A Dor Orofacial pode estar associada a tecidos moles (pele, vasos sanguíneos, glândulas ou músculos) e mineralizados (ossos e dentes) da face e da boca, pode ainda ser o principal sintoma de inúmeras doenças que acometem diretamente as estruturas orofaciais, Todas as potenciais fontes de dores orofaciais podem cruzar as fronteiras de muitas outras disciplinas médicas ou odontológicas, o que faz com que a abordagem interdisciplinar (médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos) seja frequente e necessária. O estudo da “dor orofacial” aproximou inevitavelmente os profissionais de diferentes áreas da saúde, e, com o tempo, percebeu-se a complexidade desse segmento do corpo humano.A Dor Orofacial pode estar associada a tecidos moles (pele, vasos sanguíneos, glândulas ou músculos) e mineralizados (ossos e dentes) da face e da boca, pode ainda ser o principal sintoma de inúmeras doenças que acometem diretamente as estruturas orofaciais. Todas as potenciais fontes de dores orofaciais podem cruzar as fronteiras de muitas outras disciplinas médicas ou odontológicas, o que faz com que a abordagem interdisciplinar (médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos) seja frequente e necessária. O estudo da “dor orofacial” aproximou inevitavelmente os profissionais de diferentes áreas da saúde, e, com o tempo, percebeu-se a complexidade desse segmento do corpo humano.
A Articulação Temporomandibular (ATM) é considerada uma das articulações mais complexas do corpo humano é a única bilateral ou bi-articulada (estão localizadas bilateralmente na região anterior a orelha, conectadas por um único osso, a mandíbula, que funcionam simultaneamente).
As ATM fazem a conexão entre a mandíbula e o crânio e possibilitam os movimentos de abertura e fechamento bucal, além de estarem relacionadas diretamente a funções muito importantes como mastigar, falar e engolir. Possuem uma cartilagem bastante resistente, conhecida como disco articular, o qual pode se deslocar e interferir na abertura bucal, podendo causar limitação, dor e ruídos. Muitos pacientes e até mesmo alguns profissionais fazem confusão com as siglas ATM e DTM.
Segundo a Classificação Internacional de Distúrbios do Sono, o BS é uma disfunção de movimento relacionada ao sono caracterizado por ranger e/ou apertar os dentes durante o sono, usualmente associado a um microdespertar. A prevalência do BS pode variar muito de acordo com o tipo de estudo, não há diferenças entre os gêneros e é inversamente proporcional a idade, ou seja, na infância é mais prevalente, diminuindo na idade adulta e ainda mais na terceira idade.De acordo com a origem, o bruxismo pode ser classificado em primário ou secundário. A etiologia do bruxismo primário permanece desconhecida. Em relação ao bruxismo secundário, pode-se dizer que existe uma condição relacionada à causa do aparecimento da atividade muscular mastigatória. Entretanto estas mesmas condições podem perpetuar a ocorrência de bruxismo primário. É importante observar não só a presença de uma condição secundária, mas também o aspecto temporal, ou seja, se os sinais e sintomas de bruxismo se iniciaram ou exacerbaram após o início desta condição para que no tratamento, quando possível, esta condição seja eliminada para o controle do bruxismo. Em adultos, bruxismo secundário pode ser associado à fatores como etilismo, tabagismo, uso de drogas como a cocaína, ingestão de cafeína, anfetamina e uso de antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina, sertralina, etc.) ou antidepressivos do tipo dual (venlafaxina). Foi observado, ainda, que o bruxismo pode ser secundário a condições como distúrbios de movimento, como doença de Parkinson, distúrbios neurológicos (por exemplo, coma e hemorragia cerebelar), distúrbios psiquiátricos (por exemplo, estados demenciais e retardo mental), além de distúrbios respiratórios do sono, como a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).Para o tratamento, conhecer a fisiopatologia do bruxismo primário, principais fatores que podem perpetuar os eventos e ainda os fatores que geram bruxismo secundário é fundamental para se guiar a abordagem ao paciente e controle de seus efeitos deletérios. As modalidades terapêuticas visam controlar e prevenir as consequências deletérias do bruxismo às estruturas orofaciais. O tratamento deve abordar três etapas: INFORMAR, CONTROLAR e PROTEGER. A primeira etapa talvez seja a mais importante em se tratando de bruxismo infantil: orientar, acalmar e informar os pais e/ou responsáveis sobre esta condição.O bruxismo vem se tornando cada vez mais frequente em pacientes que procuram os consultórios odontológicos. Desta forma, compete ao cirurgião dentista estar preparado a realizar um bom diagnóstico de sinais e sintomas, com aspectos da identificação do problema, informando ao paciente da severidade do caso que o acomete.
Algumas dores de cabeça podem estar relacionadas com as DTM, sobretudo com as desordens musculares e nestes casos são tratadas por nós especialistas em DTM-DOF. Cefaleia ou cefalgia são os termos utilizados para dor de cabeça. É um dos sintomas mais frequentes no cotidiano das pessoas e usualmente tem sido relatado como comorbidade durante a consulta de pacientes cuja queixa principal é DTM. Podem ser incapacitantes em alguns casos, influenciando negativamente no bem-estar e na qualidade de vida dos indivíduos.
Estudos demonstram que a cefaleia gera sofrimento físico, além de prejuízos sociais, emocionais e econômicos. Estima-se que 93% dos homens e 99% das mulheres terão algum tipo de dor de cabeça ao longo da vida; e que 76% do sexo feminino e 57% do masculino tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês. A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é um sintoma que precisa ser considerado como sinal de alerta, uma vez que sua ocorrência pode estar relacionada a problemas de maior gravidade.
Procurando padronizar e estruturar a abordagem das cefaleias em nível global, a Sociedade Internacional de Dor de Cabeça propõe a classificação internacional das cefaleias denominada International Headache Classification. Neste sistema, a classificação é hierárquica e todos os tipos de cefaleia estão classificados em grandes grupos, cada um desses grupos é subdividido uma, duas ou três vezes em tipos, subtipos e subformas de cefaleia. Vale ressaltar que muitos pacientes podem ser acometidos por mais de um tipo de cefaleia. As cefaleias do tipo primária podem se classificar em: MIGRÂNEA, também denominada enxaqueca e suas subdivisões; CEFALEIA TIPO TENSIONAL e suas subdivisões; CEFALEIAS TRIGEMINAIS AUTONÔMICAS, também conhecidas por cefaleia em salvas ou, outras cefaleias primárias e suas subdivisões. Cefaleias primárias devem ser tratadas por profissional médico especializado, normalmente um neurologista (Cefaliatra).
As cefaleias classificadas como secundárias são menos frequentes e podem estar relacionadas a quadros clínicos de DTM ou à alguma patologia intracraniana subjacente como: tumores, meningite, malformações arteriais, hemorragia subaracnoidea e pós-traumatismo crânio encefálico. A interrelação entre as cefaleias e as DTM é tão grande que a própria Sociedade Brasileira de Cefaleia tem um seus quadros um Comitê de Dor Orofacial que atua de forma permanente e é composto por Cirurgiões Dentistas em sua maioria especialistas em DTM-DOF.
Cada paciente pode descrever esta condição de uma forma. Alguns associam a dor neuropática a uma terrível sensação de queimação, outros a equiparam ao incômodo de centenas de agulhas perfurando o corpo ao mesmo tempo. Há ainda quem diga que queimam ou se assemelham a ferroadas ou choqueselétricos que cortam a carne causando dor.Em um serviço de Dor Orofacial as principais neuropatias atendidas são as: NEUROPATIAS PÓS TRAUMÁTICAS, geralmente após tratamentos de endodônticos (canal) ou realização de implantes dentários, NEUROMAS DE AMPUTAÇÃO, também conhecidos como cicatrizes dolorosas que podem ocorrer, por exemplo, após uma apicetomia (é uma cirurgia que tem por finalidade a remoção da lesão que se forma no ápice ou ponta da raiz do dente) e a NEURALGIA DO TRIGÊMEO, talvez a mais conhecida de todas e até por isso a mais relacionada com erros de diagnóstico.O tratamento destas condições exige conhecimento e experiência profissional. O especialista necessariamente deve ter conhecimento suficiente para realizar o diagnóstico, que é clínico, e sobre a prescrição e controle de fármacos usados especificamente nestes casos. Exames de imagem e consultas com Neurologista podem ser necessários.
Apneia significa “parada da respiração”. Apneia do sono é o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração (apneias) enquanto dorme. As apneias são causadas por obstruções transitórias da passagem do ar pela garganta com pelo menos 10 segundos de duração. Quando ocorrem apneias com frequência maior que 5 episódios/hora no sono dizemos que o indivíduo é portador de apneia do sono.
As Síndrome das Apneias do Sono (SAS) e a Síndrome das Apneias Obstrutivas do Sono (SAOS), tem se revelado ser o mais importante e frequente distúrbio respiratório do sono. A SAOS é considerada um problema de saúde pública potencialmente tratável e, em virtude de suas consequências, vem ganhando progressiva atenção. Estima-se que cerca de 4% das mulheres e 9% dos homens adultos sofram de apneia do sono, sendo que sua prevalência é maior entre os obesos e maiores de 35 anos.
Curiosamente, apesar de possuir alta prevalência na população, apenas recentemente a medicina reconheceu, através de estudos científicos, os riscos trazidos por esta doença e a importância do seu diagnóstico. Deste modo, sabe-se que cerca de 90% dos indivíduos que possuem apneia do sono ainda não possuem o diagnóstico ou sequer foram alertados pelo seu médico para a possibilidade de sofrerem desta doença.
A Odontologia do Sono pode ser considerada um “braço” da Medicina do Sono e tem como objetivo principal tratar pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) e/ou ronco. A presença de SAOS pode levar aos agravamentos do Bruxismo do Sono e consequentemente do desgaste dentário, além disto podem ajudar tanto na piora quanto na perpetuação dos sintomas normalmente encontrados em pacientes com DTM, sobretudo nos casos de etiologia muscular. Portanto é altamente recomendado que seja considerada durante a avaliação inicial de nossos pacientes.